quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

O artista não passa de um animal de circo na sociedade de consumo (flashbacks)

Só.

A palavra exprime, na sua concisão desesperada, o extremo da solidão e do abandono.

Ainda mais com o sufixo "inho". Sozinho. O espírito dobrado sobre si próprio. Chamada perdida. Cuspe no oceano.

Não queria me contorcer, eu não queria que faltasse um pedaço. Se não bastasse, há ainda a pobreza, a doença dos outros, a tragédia dos outros.

O problema é que os outros acham que superamos tudo. Eu não supero nada, eu acumulo desespero. Por isso estou assustado; penso pelo menos umas trinta ou mil vezes desde que acordo palavras como POESIA LIRISMO morte, velhice, prosperidade, felicidade, Deus, existência, verdade.

Esse é meu vocabulário básico ultimamente. Sinto que não faço parte mais da vida, da sociedade; UM HOMEM ATÉ A BORDA.

ASCENDENTE ESCORPIÃO - NUNCA BRINQUE COM PISCIANO ASCENDENTE ESCORPIÃO me consumo no fogo de minha própria ferroada e me ilumino com a dor.

Universidade Prebisteriana Mackenzie - 2002 (flashbacks)

Eu adorava a Biblioteca do prédio 3, e não saía de lá. Todo mundo ficava intrigado comigo.Foi lá que lia livros do Charles Sander Pierce, criador da Semiótica; lia Francis Ponge, Augusto de Campos Sthendal Shakespeare Jean Genet Willian Blake.

Eu lia Maiakovski Rimbaud T.S. Eliot Oscar Wilde Baudelaire Leminski Ezra Pound e McLuhan. SAUDADES DE MIM.

A professora Malena não me deu nota numa prova certa feita pois achou meu texto tinha sido copiado, e perguntou: "mas você sabe quem é o Ezra Pound e Baudelaire?" e eu expliquei tudo a ela e recebi 10, ali, na hora. Nota na hora, após consulta.

Então vamos seguir, em 2010, o fluxo da LOUCURA, ESSA DEUSA AMORFA.

r.saffuan

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